Por Aldo Paula
Introdução
“Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.
Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.”
Gênesis 1,
versículo 27, 28 e 29
Os deveres do homem para com a humanidade são perpetuar a espécie, não só no âmbito reprodutivo, pois isso seria pífio, mas na conservação do meio ambiente com a centelha, mesmo que discreta, de moral e bons costumes que cada ser humano possui. No cuidar um do outro e dos outros e de todas as formas de vida, assim como menciona a Bíblia não como um dogma, mas de forma simbólica.
É
sabido que não é possível que exista somente uma espécie na
Terra, além de toda fauna, isso seria o fim da humanidade. Abalaria
todo o ecossistema terrestre, faltariam alimentos, roupas, matérias
primas para remédios, materiais básicos. Ficaríamos desnutridos,
geraria discórdia, doenças, guerra, nossos instintos mais
primitivos viriam à tona e aos poucos iríamos definhando a nosso
extermínio total.
Desde
os primórdios da Terra muitas espécies surgiram evoluíram e foram
extintas diante de tantas transformações sofridas em nosso planeta.
Desde o surgimento do homo
sapiens, há cerca de
190 mil anos, já passamos por várias modificações. Fomos
evoluindo, e por fim recebemos a maior benção que nos difere dos
primatas: nosso lobo frontal que nos privilegia com o raciocínio
lógico, e é responsável pelo planejamento de ações, pelo
pensamento abstrato e nos dá a sabedoria. É o nosso berço da ética
que nos insere a cuidar uns dos outros assim como de outras espécies
e do mundo em que vivemos, são mais de 100 milhões de espécies de
animais e 400 mil espécies de vegetais no planeta. Estes números se
referem à espécies conhecidas, pois existem milhares que ainda não
foram descobertas.
“A
parte do cérebro que fica logo abaixo da testa, tem um papel
importante em nossa capacidade de sentir emoções, são esses
sentimentos que nos obrigam a repensar atitudes, mudar e evoluir”
diz Dilan Evans, neurologista da Universidade de Oxford, na
Inglaterra, e autor de Emotios-The Science of Sentiments. (“Emoções
– A ciência dos sentimentos”)
Evoluímos
com o decorrer dos anos, e descobrimos remédios, tratamentos,
alimentos (e formas de produzirmos mais alimentos de maneira
sustentável) e aumentamos nossa expectativa de vida cada vez mais.
Fazemos política para evitar guerras e lutamos para tentarmos viver
em uma sociedade mais justa. Descobrimos tecnologias que nos levam ao
espaço, e nos fazem descobrir sempre algo novo.
Precisamos
cuidar uns dos outros, mas nem tudo é tão justo e perfeito assim. Em
um planeta com uma estimativa de 7,53 bilhões de habitantes (2017)
existem muitas divergências de culturas, raças, cores, credos, ricos e
pobres etc. Dificilmente o cuidado e a tratativa será distribuída
de forma equilibrada. Porém, ainda assim o ser humano tem a consciência de se adaptar e ajudar um ao outro mesmo que de forma precária. Um exemplo disso são os africanos que criaram um termo interessante, “ubuntu”. Que quer dizer algo como: “uma pessoa é uma pessoa através (por meio) de outras pessoas".
Em 1797, Thomas Malthus, um
economista inglês, desenvolve a teoria de que a população mundial
iria crescer tanto que seria impossível produzir alimentos
suficientes para o grande número de pessoas no planeta. Para ele, a
produção de alimentos cresceria de forma aritmética enquanto o
crescimento populacional cresceria de forma alarmante. Então propôs
uma política de controle de natalidade que somente a partir da
segunda metade do século XX, principalmente na década de 60 foi
chamada de “Teoria
Neomalthusiana”. Essa
teoria atenta-se para o crescimento populacional de países
subdesenvolvidos, para onde foram propostas políticas efetivas de
controle de natalidade, que foram denominadas de “planejamento
familiar”. Até mesmo as instituições financeiras como Banco
Mundial e FMI tem exigido o cumprimento de políticas de controle de
natalidade. (FREITAS)
Embora
a produção de parte do que deveria ser usado para alimentação
esteja sendo modificada para ser usada como base na produção de
biocombustíveis, como o milho e a soja por exemplo, não requer
grandes preocupações, uma vez que a quantidade de tecnologias
agrícolas disponíveis no mercado sendo usada de forma planejada
pode até quadruplicar a produção de alimentos, isso sem abrir
novas áreas cultiváveis. Além disso, muitos institutos de pesquisa
começaram a buscar formas de produzir alimentos sem a necessidade
dos habituais processos (culturas de animais ou vegetais). Uma das
alternativas que vem se destacando nos últimos anos é a criação
de alimentos sintéticos, ou seja, produzidos dentro de laboratórios
e dispensando os mecanismos naturais. Apenas para constar atualmente
foram pesquisados mais de 3 mil vegetais em todo o mundo e foram
identificados 11 que têm estruturas e nutrientes capazes de substituir
o ovo, inclusive no sabor afirma Joshua Klein, cientista da Hampton
Creek (HAMANN).
Estima-se
que em 1 milhão de anos o cérebro será aproximadamente 3 vezes
maior e com comunicação wi-fi, a cabeça deve ser maior também,
embora hoje já seja consideravelmente grande para passar no canal
vaginal. Sem a necessidade de uma visão bem apurada para nos
defendermos de predadores ou caçar, problemas de visão como miopia
serão comum. Com tantos alimentos processados e pastosos, os dentes
deverão ser menores e em menor quantidade (atualmente algumas
pessoas não nascem mais com os sisos) os braços e os dedos serão
mais longos e finos devido a redução de esforços e trabalhos mais
tecnológicos, as maquinas farão os trabalhos mais pesados, seremos
mais obesos mas os hábitos alimentares moldarão nosso sistema
digestivo. Uma das mudanças mais significativas será no intestino,
que ficará mais curto absorvendo menos açúcar e gordura assim o
metabolismo ficará mais rápido seremos mais altos e magros mas isso
só aconteceria milhares de anos após os humanos serem obesos (QUINTANILHA).
Conclusão
De nada adiantaria criarmos uma expectativa para o futuro se não
fosse esse inconsciente coletivo do “cuidar” que está incrustado
no ser humano, que nos fez evoluir e chegarmos onde estamos e nos
permite continuar evoluindo.
Depois
de algumas noites pensando em um ponto de partida para iniciar essa
dissertação, já tinha em mente uma forma quase que inconsciente
de que “Os deveres do homem para com a humanidade seriam perpetuar
a espécie” mas ainda não sabia por onde começar. Resolvi então
ter apenas como referência inicial a Bíblia e após isso lendo os
mais diversos sites e literaturas desde ciência, história,
medicina, geografia até religião e doutrina da fé. Embora esses
dois últimos tenha decidido não escrever sobre, em respeito aos
demais irmãos com suas diversas crenças, e também porque em alguns
pontos diverge do que penso, posso usar como metáfora que realmente
o ser humano é a imagem e semelhança do Grande Arquiteto do
Universo, nas suas mais diversas representações. Nenhum outro ser
no mundo teria essa capacidade de tutelar nossa casa, o planeta Terra, e de certo modo até colocar-se no papel de tal com sua
ciência fazendo vidas in
vitro e criando
membros através de clonagens, entre outras coisas.
Embora
Lao Tse, antigo filosofo chinês fundador do taoismo, faça uma
observação interessante: “A
imagem que você possa conceber do Criador não é a sua verdadeira
realidade. Qualquer nome ou forma que você lhe atribuir certamente
não indicará seu verdadeiro nome ou forma”
ele acredita que qualquer ideia, imagem ou modelo que se conceba do
criador está errada, sendo assim nem mesmo um nome pode ser dado
pois nomeá-lo significaria rotulá-lo e limitá-lo a conceitos
humanos primitivos e sua verdadeira compreensão ocorrerá somente
com a iluminação individual e tem que ser conquistado
individualmente.
Certa
vez assistindo a uma palestra do saudoso Ariano Suassuna, escritor e
poeta membro da Academia de Letras, onde em certo momento tira um
pregador de roupas da mochila e diz algo como: “Por mais que a
gente treine ou ensine, jamais um macaco teria a capacidade de criar
uma coisa dessas”. Sim, é fato, pessoalmente concordo com seu
ponto de vista somos superiores as demais espécies e devemos agir
como tal preservando nosso passado, trabalhando o hoje para
garantirmos o amanhã, colaborando e auxiliando para o
desenvolvimento social e intelectual de cada indivíduo, preparando-o
da melhor forma para sociedade, lutando contra os inimigos da
humanidade como os hipócritas, que enganam; os pérfidos, que a
defraudam; os fanáticos, que a oprimem; os ambiciosos, que a usurpam
e os corruptos e sem princípios que abusam da confiança do povo.
Estudamos
e solucionamos problemas e desenvolvemos mais sinapses celebrais a
cada instante e garantiremos assim uma geração cada vez mais
superior.
Portanto
prezados irmãos contemplo que “Os deveres do homem para com a
humanidade” são em sua essência, a preservação da espécie
através da luta pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da
humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática
desinteressada da beneficência e da investigação constante da
verdade afim de conquistarmos a Liberdade, Igualdade e a
Fraternidade.
Referências bibliográficas
Bíblia:
Tradução Almeida corrigida fiel, ACF
Ritual
do 1º grau – Aprendiz maçom – REAA/2009
Tao
Te Ching – Lao Tzu – Tradução e comentários Laercio B. Fonseca
QUINTANILHA,
Leandro. Mundo estranho, saúde. “Como a ciência acredita que será a
evolução do nosso corpo no futuro” disponível em:
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-a-ciencia-acredita-que-sera-a-evolucao-do-nosso-corpo-no-futuro/
Acesso em 07 de julho de 2019
FREITAS, Eduardo de. "Thomas Malthus"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/thomas-malthus.htm. Acesso em 07 de julho de 2019.https://brasilescola.uol.com.br/geografia/faltara-alimento-no-mundo.htm
HAMANN, Renan. Tecnologias promissoras: comida artificial, Disponivel em: https://www.tecmundo.com.br/futuro/10796-tecnologias-promissoras-comida-artificial.htm Acesso em 07 de julho de 2019
https://super.abril.com.br/ciencia/o-que-e-a-consciencia-humana/
https:super.abril.com.br/ciência/cérebro-faca-sua-cabeça/
https://www.infoescola.com.br/evolucao/seleção-natural/
https://m.suapesquisa.com/geografia/planeta_terra.htm
FREITAS, Eduardo de. "Thomas Malthus"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/thomas-malthus.htm. Acesso em 07 de julho de 2019.https://brasilescola.uol.com.br/geografia/faltara-alimento-no-mundo.htm
HAMANN, Renan. Tecnologias promissoras: comida artificial, Disponivel em: https://www.tecmundo.com.br/futuro/10796-tecnologias-promissoras-comida-artificial.htm Acesso em 07 de julho de 2019
https://super.abril.com.br/ciencia/o-que-e-a-consciencia-humana/
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https://www.infoescola.com.br/evolucao/seleção-natural/
https://m.suapesquisa.com/geografia/planeta_terra.htm
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